DANIELA GUSMÃO

Daniela Gusmão vive e trabalha em Nova Lima, MG.

Arquiteta, pinta e desenha desde criança.

Tem se dedicado ao hiper realismo e experimentado técnicas variadas.

Onde você nasceu e atualmente onde vive e trabalha?

Nasci em Belo Horizonte em 1971 e moro em Nova Lima há 12 anos

Qual sua formação?

Sou arquiteta urbanista formada pela UFMG

Quando a arte entrou na sua vida?

Desde criança… frequentei alguns cursos de desenho e pintura durante a adolescência, mas somente a partir de março de 2018 encontrei algo que realmente me cativou: o hiper-realismo. Desde então, tenho frequentado vários cursos voltados para esse estilo e em técnicas variadas: grafite, aquarela, pastel seco, nanquim, óleo, acrílica e manipulação digital.

Qual é sua maior motivação para criar? O que te move?

Pessoas inspiradoras, biografias de artistas, história da arte, visitas a exposições, filmes, literatura, contato com a natureza, viagens… quando estamos propensos à arte, tudo ao redor nos inspira!

Quais são suas referências, influências e seus artistas preferidos?

Arte em murais, grafitti (arte urbana: os gêmeos, Banksy, Kobra, Nunca), arte digital, mistura de técnicas, hiper-realismo, surrealismo. Artistas preferidos: FRIDA KAHLOOOOO, Chuck Close, Gottfried Helnwein, Lucian Freud, Cornelia Hernes, Adriana Varejão, Caravaggio, Margarete Mee, Magritte, Salvador Dali…

Como é o seu processo criativo?

Se eu vejo algo que me inspira, faço anotações e começo a planejar mentalmente como vou executar. Tenho sido a modelo de minhas obras então, tiro fotos nas posições idealizadas e começo a montar o desenho quase sempre iniciando pelo grafite, tiro muitas fotos da natureza ao meu redor ou desenho ao ar livre documentando alguma planta de perto, depois experimento colorir nas mais diversas técnicas: aquarela, pastel seco, lápis de cor, nanquim, canetinha… quando junto um bom material, parto para a manipulação digital quando eu escaneio todos os desenhos e uso programas para montar uma obra transformando as imagens escaneadas: transparência, alto contraste, mudança de cor, negativo, inversão, rotação, mudança de escala… faço uma colagem digital com os desenhos que eu fiz a mão e uso alguns recursos do programa também como pano de fundo, linhas, hachuras…

Como foi pra você o processo criativo neste período de pandemia?

Maior e mais intenso do que nunca, foi fundamental para manter a sanidade nos primeiros meses, mas para que isso fosse possível, foi necessário ingressar em vários cursos como apoio e para me disciplinar e manter o compromisso com os professores e comigo mesma, caso contrário, teria ficado inerte. Agora, mais calma, estou aplicando uma mistura de tudo o que eu aprendi desde então.

Seu trabalho passa por uma experimentação de materiais?

No início eu estudei cada técnica separadamente, nessa ordem: grafite, aquarela, pastel seco e tinta a óleo e acrílica. Sempre tive a vontade de experimentar misturas, mas sentia necessidade de adquirir maior segurança e obter uma base, ainda que mínima, para partir para as experimentações, o que estou achando o mais divertido!!! De qualquer forma, continuo e continuarei a fazer cursos e aprender com todos os mentores que sempre têm algo novo para compartilhar e contribuem para meu desenvolvimento.

Qual foi sua inspiração para estas séries apresentadas?

A princípio eu ia dar continuidade a um projeto que não foi pra frente: uma amiga poetisa lançou um livro e combinamos que eu iria ilustrá-lo, entretanto, o editor vetou as ilustrações devido ao custo. Quando revisitei o material idealizado na época para produzir esta série, naturalmente fui para o surrealismo, assim, sem planejamento nenhum, o que me fez pensar que esta série tem muito de autobiográfico, mas ainda estou refletindo sobre as imagens que estão saindo.

Quais materiais foram utilizados para estas obras?

Grafite, aquarela, nanquim, canetinha, tinta acrílica e manipulação digital.

Como é para você expor seu trabalho?

Presencialmente e agora, quase que somente virtualmente, como tem sido? Comecei compartilhando minhas produções com os amigos e parentes próximos, sempre pisando em terreno seguro, ainda não expus ao público, a não ser pelo Instagram, o que já foi um processo de desapego e risco (nunca gostei de me expor publicamente), aos poucos vou me mostrando cada vez mais, agora através deste livro. Sinto-me mais disposta e fortalecida para me expor para um público maior e mais crítico através de candidaturas a editais, exposições virtuais e o que for aparecendo pela frente.

Quais os futuros projetos?

Eu tenho deixado o fluxo criativo me conduzir livremente e estou sempre disposta a assumir novos desafios, continuarei nesse caminho de experimentações e descobertas de temas a fim de me fortalecer como pessoa e como artista.

“Narciso”

Aquarela, nanquim e tinta acrílica

21 x 29,7 cm (A4)

“Autoretrato com cabaça e avencas”

Técnica Mista

21 x 29,7 cm (A4)

“Ninguém é 100% Bom ou 100% Mau”

Aquarela, nanquim e tinta acrílica

21 x 29,7 cm (A4)

“Promessa”

Aquarela, nanquim e tinta acrílica

21 x 29,7 cm (A4)

“Autoretrato Muxarabi”

Técnica Mista

21 x 29,7 cm (A4)

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